Há momentos que na vida só pensamos em olhar pra traz, mas tem situações que nos fazem refletir, se queremos realmente o que ficou no Egito, como na palavra de Deus, diz!Se é seu momento de clamar!
Então chegou seu momento único, faça-o agora!
Passei por várias situações, que realmente era momento de clamar: imaginem fiquei desempregada como muitos estão ou ficam, mas nunca me conformei, não faz parte de mim o conformismo, desde cedo, com meus mais ou menos 16 anos pedi um doce coisa simples, para o meu pai era o fim do poço, pois ele estava desempregado, então ouvi de forma grosseira "você tem que trabalhar para dar valor ao dinheiro", na hora senti raiva, porém hoje consigo até agradecer aquele empurrão, foi exatamente como a águia faz com seu filhote não deixando o ninho bem fofo, aquela pequena ave percebe que algo está lhe espetando, é hora de voar, papai me espetou com carinho, hoje voo segura...mas até chegar aqui, e olha que para mim ainda não acabou a jornada, estou viva..., com mais ou menos 13 anos dava explicações de matérias que colegas não entendiam em troca de algumas moedas para salvar o pão do dia, pois muitas das vezes entrava em fila para ganhar pão e carne de uma igreja católica e tinha que fingir não conhecer minha mãe e irmã pois era um quilo e uma bisnaga para cada família, mas a fome era muita, voltávamos para casa com 3 pães e 3 quilos de carne, a semana estava salva, para mim isso tinha que mudar!
Como esta situação, não mudava fui trabalhar como secretária de um depósito de bebidas bem conhecido, sem carteira assinada, aguentando aquele cheiro de cachaça terrível, pedi oportunidade a minha tia que trabalhava em uma estamparia fui secretariar o local, o qual fui dispensada pois a empresária ficou assustada com meu jeito ousado para o trabalho, deu como desculpa que não podia continuar a pagar meu salário e precisava dividir meu trabalho com uma serralheria que ficava no mesmo galpão, se aproveitando da minha necessidade, não aguentei por muito tempo era muito trabalho, mas aprendi muito, temos que tirar o melhor proveito das adversidades, então prossegui...passei por uma fábrica de roupas, controlava a entrada e saída de mercadorias, neste período perdi meu pai, não soube continuar por um tempo, trabalhei como vendedora de planos de saúde de dia para pagar meu colégio a noite, parei em bairros distantes para receber a mensalidade do colégio, terminei o segundo grau. Procurei um pouco mais de estabilidade, consegui oportunidade numa loja de departamentos mais conhecidas no mundo no setor de crediário, mas não era somente o que tinha que ser feito, saí...caminhei para segurança de um shopping, saí de lá com problemas respiratórios, a vida me levou para um meio que me apaixonei, trabalhei em uma rede de colégios mais conhecidos na região, comecei na secretaria, depois fui secretariar a coordenação o que me chegar mais perto de outros pais quando haviam ocorrências, em 3 anos passei por algumas filiais quando solicitada...foi uma experiência muito boa depois de tantos desafios, há alguns anos a vida regressou tive que vender roupas usadas do meu filho para comprar o leite, meu marido ganhava pouco, mas não desanimava, vendemos cachorro quente e doces, consegui oportunidade por quase 3 anos em uma assistência médica de operadora fui a supervisora de call center com média de mais ou menos 100 operadores, até hoje faço parte da massa falida desta empresa, que está na justiça brasileira...sem comentários, fui para uma rede bancária bem conhecida temporariamente, ...cheguei com minha mãe e marido montamos uma loja de artigos evangélicos, mas o aluguel era muito alto, fechamos. Hoje damos aulas de dia e ele prossegue a noite para um trabalho na madrugada.
O que faço hoje é me confrontar com a realidade que um dia já passei e não quero que meus alunos passem e nem os membros que chegam até o culto que dirijo... todo trabalho é digno, mas não entre no conformismo.
Atentem para a palavra de Deus: Ageu 1:06-07
" Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos...Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos saciais; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário recebe num saquitel furado".